Saturday, October 28, 2006

Dilemas.

Quando eu vejo uma página assim, em branco, quando começo a escrever algo, quando me vejo totalmente perdido em minhas idéias. São nesses momentos, nesses pueris momentos, que vejo o quanto sou animalesco.Dessa vez não há volta, não há remédio. Não demoras para que essa dor sangre, ou para que esse pranto se desate em desalento.Acabo de desligar a luz, de colocar a mesma música. Faço o mesmo, sempre. Totalmente metódico, eu existo. Em um copo de café, tentei atirar-me na mais altiva plenitude. No supremo ato de aspirar fumaça eu me encontro.Encontrar alguém não é difícil, ser encontrado, então, nem se fala. O fato é que não somos, nem de longe, maquinários. Não!Nem de longe ela é o ''amor da minha vida'', não é. Mas eu trocaria toda a minha forma mesquinha e tórrida de ver a vida por alguns instantes ao lado dela. Não, acho que seria loucura. Depois de passado esse instante, eu buscaria mais. E depois de ter me entregado em troca disso, o que entregaria?Ela já teria a única coisa que me resta, eu mesmo. Por isso não me entrego, mesmo sabendo que sem me entregar não a terei. Escolho não me entregar, continuar a ''dançar comigo mesmo''. Não é falta de opções, elas existem. O grande dilema resume-se no simples fato de não saber o que fazer.Droga! Como eu gostaria de ter um maço de cigarros bem na minha frente.O quanto eu disse que isso tudo iria mudar, que dessa vez seria diferente, que eu seria mais racional... Dane-se!Eu disse, mas não fiz. Se fosse para evitar, teria evitado no começo.De tanto falar, eu subverti. Fiz de mim razão para perder-me. Perder-me em abismos, abismos. Sei que está bem, mesmo que eu sofra um pouco mais.

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