Friday, March 23, 2007

De la Rocha

Escrever, mesmo tendo perdido um pouco da magia, ainda faz bem. Juntar letras, fazer um conjunto bonito, agrupar algumas frases e dizer que ficou bom ainda é prazeroso.
Clarice Lispector já dizia que a lingua portuguesa era tão bela que a sua poesia se tornava mera repetição. É isso que sinto. É tão perfeito o ato de escrever que fico pasmo com tamanha repetição de minha parte. Queria usar isso de um modo mais calmo, sensato, inteligente.
Enfim, ainda há tempo para melhorar. Mesmo achando que sou suficientemente regular, eu busco melhorias.
Deito no sofá todas as manhãs, fico pensando como posso melhorar a minha forma de lidar com as letras. Pensei em adotar o método de Drummond e começar a criar uma nova linguagem, mas isso doeu tanto meu ego que preferi prosseguir assim. Não consigo ser bom com a antiga, como seria bom com a nova?
Os últimos dias não têm sido nada poéticos. Não que inexista poesia em uma rotina ociosa, é que ando meio revoltado comigo mesmo. Não consigo produzir muito quando estou descontente, é fato. Não que esteja descontente comigo mesmo, é que estou cada vez mais descontente com o que vejo quando ando pelas ruas. Vai ver que é por isso que teimo em permanecer deitado, esperando.
Essa semana conheci um sujeito interessante, chama-se Zack de la Rocha. É impressionante como ele arranja vontade de lutar, é aguerrido e enérgico. Eu invejo o Zack. Não que o espírito de luta tenha morrido em mim, é que ando sem ânimo mesmo...
Enfim, há mais semanas por vir. Há mais aulas chatas de Sociologia para discutir sobre sobre a bolsa de Nova Iorque. Há mais aulas de Filosofia para escrever textos bons em meio a uma apresentação sobre ''achados históricos''.
Falando nesse texto, pensei em publicá-lo. Pensando bem, deixei-o para uma ocasião mais nobre.
Termino essa noite. Termino, assim como terminei inúmeras: pensando no amanhã.
Que o espírito nunca se deixe abater e que, enfim, surjam as novas eras.

(Como fui medíocre e repetitivo novamente, o próximo texto será bem melhor, prometo. E, só para constar: ''ainda contém erros de potuguês'')

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