Monday, January 29, 2007

O dia não acaba ao cair da noite, não começa ao raiar do sol.
Parece que tudo é estranho demais pra ser verdade, as coisas são muito sem nexo.
O dia, a noite, o passar dos dois. A tristeza, a alegria, a decepção, a recepção, tudo.
Bem lá no alto há um cruzeiro, só me resta fazer orações.
Há sempre uma saida para tudo, mas ela anda meio entocada. Parece a velha marmota, que só aparece em noite de lua.
A semana que está por chegar é de lua cheia, há esperança. Que a marmota, enfim, surja e que os anseios se completem.

''Vou seguir os conselhos
De amigos
E garanto que não beberei
Nunca maisE com o tempo
Essa imensa saudade que sinto
Se esvai''

''Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração
Sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto
Em meu peito um vazio
Me faltando as tuas carícias
As noites são longas
E eu sinto mais frio.''

-Versos de Cartola, o mago das palavras. Um ser que mostrava sensibilidade atraves de coisas banais, corriqueiras. De fato, era um sujeito de ''fina estampa''.-

Sunday, January 28, 2007

Que seja!

Ao cair da noite as coisas sempre melhoram. As pessoas se põe mais belas, os gostos e cheiros se tornam mais apurados. A inteligência é algo que não se mostra de maneira muito fácil, para falar a verdade, a inteligência não se mostra quando não existe.
Ao olhar ao meu redor vejo pessoas boas, com espectativas ótimas e com futuros brilhantes. Olho-me no espelho, vejo o mesmo.
É, o mundo é mesmo algo totalmente fantástico!
Estou pronto, estou plenamente pronto.
Mesmo estando tão preso ao sentimentalismo, vejo que a vida vale a pena, que sou uma pessoa com grandes chances de ter sucesso, que os que andam comigo são bons e que tudo é uma grande festa.
Não é fácil ser um malandro bem sucedido, não mesmo. Por isso, eu digo: igual ao que vos fala, não há.
Um louco, desvairado, com instintos que falam mais alto que qualquer coisa e que, agora vai sair por aí.
Vou andar, tentar encontar amigos, beber um pouco, falar sobre a vida e dizer: ''Que seja!''
É isso.

Dói!


Pouco me importa se ela irá ler, se irei ter arrependimento após escrever isto, se não estou em condições de escrever. Pouco, muito pouco, quase nada.
Tudo tem sido estranho, bem estranho. Controlar meus sentimentos é algo que eu nunca consgui, mas agora eu posso remediar a dor. Consigo amufambar dores, passar por prantos sem que uma garrafa de vinho ou uma carteira de cigarros sejam consumidas.
É mais complicado do que eu imaginava, muito mais. Eu sofro calado, faço das lembranças gilhotinas.
Realmente, a única coisa a se dizer é: isso dói!

Thursday, January 25, 2007

O moço, o velho e a solução

Deixo tudo assim
não me importo em ver
a idade em mim
ouço o que convém
eu gosto é do gasto
sei do incomodo
e ela tem razão
quando vem dizer
que eu preciso sim
de todo o cuidado
e se eu fosse o primeiro
a voltar pra mudar
o que eu fiz
quem então agora eu seria
ah tanto faz
e o que não foi não é
eu sei que ainda vou voltar
mas eu quem será?
Deixo tudo assim
não me acanho em ver
vaidade em mim
eu digo o que condigo
·eu gosto é do estrago
sei do escândalo
e eles tem razão
quando vem dizer
que eu não sei medir
nem tempo e nem medo
e se eu for o primeiro
a prever e poder
desistir do que for da errado
ahhh, ora se não sou eu
quem mais vai decidir
o que é bom pra mim
dispenso a previsão
ahhh se o que eu sou
é também o que eu escolhi ser
aceito a condição
vou levando assim
que o acaso é amigo
do meu coração
quando falo comigo
quando eu sei ouvir.

Wednesday, January 24, 2007

Não, nada de anormal

Já não me importo
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.
Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para lá ou ainda irei
Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,
Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,
Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer.
E só me não cansa
O que a brisa me traz
De súbita mudança
No que nada me faz.

-Depois de alguns dias, quase um mês, eu volto a publicar algo. Nada de anormal, nada de grande expressão. Só mais uma das minhas.-