Tuesday, February 27, 2007

Sonhos tortos

Nunca estive tão gripado. Nunca gostei tanto de estar!
O dia foi muito produtivo. Eu fiquei na cama o dia inteiro, escrevi, ouvi meus discos antigos e aproveitei pra escrever um pouco.
O melhor disso tudo é a lembrança, a imagem que fica na cabeça. Quando você deita, sempre tem dois objetivos: dormir ou pensar. No meu caso, fiz os dois.
Ouvir Weezer, pensar no que escrever, escrever pensando no próximo texto, escrever os dois de uma só vez.
Pensar no que dizer, não dizer por falta de sentido, sentir saudades, sentir medo, sentir as duas coisas ao mesmo tempo. Matar a saudade e aumentar o medo. Aumentar a saudade e o medo, com a partida.
É complicado demais, é doloroso demais. É demasiadamente boa e atraente. É atraente e simples. A simplicidade é tão atraente que se torna complexa!
A cabeça dói, a gripe é forte.
A lembrança é boa, vamos deitar e sonhar.
Ah, como eu adoro você, menina dos sonhos tortos!

Tuesday, February 20, 2007

Timbalumbabum!

Acho que voltei ao normal.
Depois de uma reunião com pouca música, muitas drogas e pessoas sem muita inteligência, estou em casa.
Foi meio estranho, todos bebiam e o sorriso era algo inevitável. As pessoas sorriam, gritavam, dançavam e faziam questão de aparecer.
Eu bebi, falei, imitei, fiz graça. Não tava muito bem, só dava aqueles sorrisos sem graça.
Preferi ficar sentado, olhando para cima e pensando.
Foi uma noite boa, todo mundo saiu meio tonto e grogue. Mas, isso é normal!
Dentro de um mundo tão sujo, ainda encontramos quem só quer se divertir e confiar nas pessoas.
É simples, as regras são sempre as mesmas, mesmo sendo meio sem jeito para definições, é sempre bom citar: ''Nada é proibido, desde que eu possa fazer junto!''.
A vocês, que fizeram do meu carnaval algo mais agitado, eu só tenho a agradecer.
Esquecer as merdas que acontecem na vida, dar um chute na burguesia fedida, fazer da vida uma eterna surpresa.

Saturday, February 17, 2007

Desejos Certos

Não consigo te esquecer
É como se quisesse me livrar de mim
E por mais que eu tentasse não querer
Sempre soube que não teria fim

Boca alguma tinha graça
Porque dela não saía o teu beijo
Nem importava quem me desejava
Pra mim só importa o teu desejo

Sem você eu tinha tanto medo
Medo de perder
Isolar o perdido
Voltar a não ser eu

Isolei e não ganhei
Perdido e sem saber
Sem saber onde e quando
Estarei com você.
Não há mais planta dos pés e nem palma das mãos. Há somente nuvens brancas no céu.

Certezas

Ao mesmo tempo que sinto saudade de uma, sinto saudade de outra. Com a recente, não vivo nada. Com a passada, muito menos. Um verdadeiro dilema, digno de conversas intermináveis e prantos secos. Percebe a gravidade?
É como se estivessemos, os três, amarrados. Eu, no meio. Não consigo sair disso!
Quando penso na mais antiga, é uma ternura que vem em mente. Um amor meio que desajeitado, um respeito, uma gratidão! Quando penso na mais recente, logo lembro das danças, dos abraços, do calor!
É assim mesmo. De um lado a pureza e ternura, retratadas em um ser jovial, com bela forma e comportamento mais belo ainda. Do outro lado, a impureza, a mágica sensação de liberdade quando estou com ela toma conta do meu corpo, os abraços me perturbam. Em meio ao turbilhão, não me deixo abater. Mostro-me forte com as duas, exceto alguns momentos que tenho com a mais antiga. E, disso eu tenho certeza, não ficaria ao lado de nenhuma no atual momento.
Enfim, eu prefiro continuar sem as duas. Não envolver nada nem ninguém na minha indecisão. Vou levando, até acabar.

Friday, February 09, 2007

Lugares

Ontem, no meio da bebedeira uma música bem familiar começou a tocar.
Lembrei de Brasília, de momentos antes do show que a vi pela primeira vez, da quadra da minha avó, da casa do totonhu, dos lugares...

Tuesday, February 06, 2007

Perfeições imperfeitas



Saudade é coisa estranha, é coisa complicada. A gente não sabe como vai acabar, quando vai passar e se vai passar.
Parece que há alguma coisa sufocando o peito, apertando a garganta, gelando a espinha.
A velha música volta a tocar, as lembranças vêm como se fosse chuva forte. Dói, não sei a razão, mas dói.
“Só de te ver, eu penso em trocar a minha tv num jeito de te levar a qualquer lugar”
Isso não é humano, não pode existir.
É forte, é indevido, é infundado.
Eu não quero mais vagar pelas ruas, fumar feito um louco, beber e ligar com a voz embargada. Não quero mais dizer o que sinto, fazer loucuras e dizer que sou normal. Não quero mais dormir duas horas por noite, parecer um zumbi e fingir que está tudo bem, não!Vou tentar ser mais firme em minhas decisões, não pensar que você é isso tudo e começar a ver defeitos na perfeição.