Friday, September 29, 2006

Deslumbre


Não, não vou escrever poesias. São 2:15 de sábado, hoje vai ser um dia longo, mas eu ainda não estou com sono. Acho que escrever vai gerar isso, não sei. Pois bem, ao conversar com diversas pessoas e ''colher'' vários depoimentos, eu vejo que não somos seres pensantes! Olhem bem, somos meros seres que copiam uns aos outros, simplesmente. É fato, somos mediocres. Tudo bem que eu sou assim, eu copio alguém que já usou jeans uma vez na vida, eu copio quem gosta de música, eu copio quem quer saber tocar gaita, sei lá... Quem é original? Somos todos um bando de toscos, uma cambada de desocupados.
O foco do poema que eu escrevia no Word não era esse! Eu falava sobre a beleza dos sentimentos, olha que banal. Bem, se eu não mandar ninguém ler isso aqui não fará a mínima diferença. Tudo bem, estou sendo radical demais, bancando o adolescente com crise existêncial e que precisa de amor. Realmente, eu fiquei com sono. Está tarde, eu tenho que ir até o meu quarto, caminhar dois metros e me jogar na cama! Bem, amanhã eu escrevo algo descente. Só para finalizar, uma frase do Amarante:
'' é que eu já sei de cor,qual o quê dos quais e poréns, dos afins, pense bem ou não pense assim(...)eu zanguei numa cisma eu sei tanta birra é pirraça e só que essa teima era eu não vi e hesitei, fiz o pior.(...) Sem você, sou pá furada''.

Wednesday, September 27, 2006

Sem você sou pá furada


O meu pôr do sol é mais ou menos perto de ti, aí ao seu lado.
Se sem você eu não sei fazer o que eu sempre quis
É por conta da cisma que eu mesmo criei, e do amuleto que deixei cair.
Se não há volta, não há começo. O amuleto que deixei por aí, nunca mais apareceu.
Mas não esqueci, hoje eu sei: sou o mesmo que nada.
Ah, não me diga que sou seu. Eu sei, me perdi.
Mas quem me acha longe de ti?
Se fui o mesmo de sempre, se sou o mesmo que foi seu
É por conta do simples e corriqueiro amor freguês.
Não seja assim, banal. Mude e seja só minha e só.
Não tenha amor ao vil, seja pura e seja só.
Se eu peço de mais a ti, é por que eu sou tão só.
Se sem você aprendi que nada é só se for,
Ah, se o sereno dói é por conta da falta de céu.
Se eu posso então te olhar e te ver sem mesmo tocar.
Desfechando o fato ao invés, eu posso então lhe dizer
Que eu não o quê que lhe falo pra te dizer
Que eu sou mesmo um fanfarrão,
Que não posso estar com você,
Que desse jeito não mesmo dá, Mesmo não existindo sem você.

-Essa letra é nova, fiz há pouquissimo tempo. Pois bem, a minha banda vai bem. Hoje eu farei a sugestão quanto ao nome que tanto gostei: Paquetá! Em menos tempo que eu esperava já somos uma banda e tocamos o que eu sempre quis. -

Sunday, September 24, 2006

Azar o seu, eu não consigo evitar.


Meu coração é oco
eu já não tenho dúvidas
um detalhe importantíssimo
provado por A mais B
Meu coração é oco
mas meu coração é seu
e o motivo do meu choro é saber
que o meu coração é pouco pra você
Azar o seu
eu não consigo evitar
De que vale tanto esforço?
Afinal, a quem eu devo agradar?
A quem eu devo impressionar?
Constrangedor é pouco:"meu coração é seu"
é realmente doloroso
saberque isso
soa tão cafona pra você
Azar o seu, querida
eu não consigo evitar


-Sabe, o show do Ludovic ontem me mostrou que ser avarento não é ser errado-

Monday, September 18, 2006

Sonhar é se iludir


Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você.

-Essa música chama-se Futuros Amantes, é um sambinha. É das boas! Quanto à foto, eu posso dizer que... Bem, eu posso dizer que esqueci a ilusão e que vivo apenas o atual momento, sem ilusões supostas.-

Sunday, September 17, 2006

É só isso, mais nada.


Recentemente eu venho me envolvendo de menos com as pessoas. Estou muito pouco sentimental, a Isadora que o diga. Tudo bem, não me arrependo. Ontem foi bom, bebi como a tempos não fazia, fiquei com muitas pessoas, sai da rotina. De quebra, a menina que eu gosto estava lá, bem na minha frente. O quê dizer? Eu havia prometido que de ontem não passaria. Havia dito pra algumas pessoas que não abafaria mais isso. Veja bem, isso não é uma paixão, muito menos um amor. É apenas a mera vontade de conhecer a tal pessoa. É simples!!
Poorra, eu não quero ser chato. Não quero ficar falando sobre meus sentimentos. Só quero conhecer a menina, só isso. Ontem ela me beijou, mas boto fé que não representou nada. Até porquê não foi muito pra mim também. Se eu podesse escolher um momento de ontem, escolheria a hora que tocou Smiths. Naquela hora parece que o tempo parou, os segundos passavam lentamente enquanto eu lançava os versos da música ao ar. Foi nessa hora que eu beijei a dita cuja, não me arrependo.
A noite não foi só isso.
Acabei de chegar da casa da Natália, outra menina que eu conhecí. Dormi lá, ela foi gentil comigo.
Só para acabar, vou deixar um pensamento que martelou em minha mente enquanto eu vinha para casa:
Não se conquista alguém lhe dizendo:''eu te amo''.Mas sim:''Muito prazer''.
É isso, nada mais.

Monday, September 11, 2006



É estranho, os caras (em principal o Amarante) que eu tanto adimirava estavam alí, na minha frente. ''Amarante, me dá um abraço?'' é, o dia foi perfeito. Se a felicidade consiste em momentos, como ele mesmo disse, eu estou feliz, e é momento. Amarante, obrigado pelo autógrafo, pela foto, pela palheta(as pessoas que estavam comigo no dia não sabem dela), pela breve conversa e por ser atencioso e corresponder ao que eu esperava. Um cara que eu gostaria de ser amigo, de ser próximo. Valeu por existir, cara.

-Ah, não poderia esquecer do Beto e da Midory. Duas excelentes pessoas que dividiram grandes momentos felizes comigo.-

Friday, September 08, 2006

O frio, o ensaio e a gaita.


Pra escrever sobre você... Ah, eu fecho a janela, desligo a luz, fico no escuro. Pra pensar em você, eu não preciso de muita coisa! Só basta colocar aquela música pra tocar, fechar os olhos e a tua imagem começa a se formar, é algo instantâneo.
É sutil apenas por existir, chega a ser estranho de tão natural.
Não tenho muito a descrever, parece que o som que sai da minha gaita chega a você. Parece que o choro mais fechado é ouvido ao longe, é como em um filme europeu.
“A vida é um sonho”.
As conversas, sempre ao som da mesma música, me deixam a pensar durante todo o dia.
Folhas caindo, o frio tomando conta do corpo, a noite que se apresenta em sua melhor faceta. O cenário é complexo e belo, pelo simples fato de existir. O fato de existir é perfeito, pela razão da vida.

-É isso, demorei um pouco a escrever, estava ocupado com muitas coisas. Enfim a gente fez dois ensaios no mesmo dia, tocamos Ray Charles e eu me diverti muito, quando houver show eu voltarei a usar a gaita. Notei a animação gerada por ela.-

Tuesday, September 05, 2006

Janelas que não se abrem, mas nunca fecham.

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.

-Já é comum escrever sobre sentimentalismo, pelo menos para mim. Mas para quem acompanha o que escrevo pode esperar de tudo, menos que eu discorra sobre as pessoas que gosto e cite nomes. Esse poema foi feito hoje, durante a aula de Seminários Interdisciplinares(não houve aula).-

Monday, September 04, 2006

O presente se confunde com o sonho

É incrível
Nada desvia um destino
Hoje tudo faz sentido
E ainda há tanto a aprender
E a vida tão generosa comigo
Veio de amigo a amigo
Me apresentar a você
Não se prenda
A sentimentos antigos
Tudo que se foi vivido
Me preparou pra você
Não se ofenda
Com meus amores de antes
Todos se tornaram pontes
Pra que eu chegasse a você...

-Esse poema é novo, acho que tem uns três dias. Mas ele é mostra bem como me sinto hoje.-

Sunday, September 03, 2006

Até quem me vê, lendo jornal na fila do pão, sabe que eu te encontrei.

O risco de decepção é eminente, o medo está ao meu lado. Mas mesmo assim, quero saber como é viver isso, a tão famosa e desejada paixão. Ter fé e ver coragem nos relacionamentos de cunho amoroso, ser paciente e não tão ansioso, é um desafio inexorável.


À noite, é momento
O sol, é beleza
A sua presença, nem de longe é algo racional.
Ser bom, mostrar-me da melhor maneira
Ter seu sorriso por perto,
Poder fazer parte dele,
Ser um motivo para ele surgir
A calma e a euforia se difundem,
O turbilhão de sentimentos aparece junto com sua lembrança
Nada banal,
Muito além de corriqueiro
Se eu pudesse,
Se o vento permitisse,
Se a brisa então soprasse,
Seria completo
Não por ser feliz,
Mas por ser completo
Quem garante a obtenção da felicidade?
Acima de feliz seriamos completos
Completos por sermos apenas nós.

Resenha.

Dias como o de ontem são especiais. Ao sair de casa eu estava a pensar se valeria ou não à pena andar tanto. Depois de algumas horas de sono eu concluo que: Sim, valeu muito à pena.
São noites que passam em um piscar de olhos, pessoas que nos supreendem com pensamentos e ideais novos e inteligentes, shows que fazem com que a nossa energia se transporte para fora do corpo.
Pular, pegar o microfone e cantar desafinado, tirar a camisa, dar abraços em pessoas que você nunca viu na vida... Isso, em minha humilde opinião, é viver. Viver passa longe de ser aquilo que pessoas normais fazem, passa longe de toda a futilidade vigente. Viver é muito mais que existir.
Pensamentos, novas consepções de vida, cultura em sí. Tudo isso é passado sem cobranças, sem pedir nada em troca. O hard core nos proporciona isso, a música nos dá isso.
Só para encerrar, é importante dizer, ou melhor, repetir aquilo que eu disse ao meu amigo Lucas Reis: a vida não se baseia, apenas, em relacionamentos ditos “amorosos”.